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Eva Le Gallienne

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Eva Le Gallienne
Eva Le Gallienne
Nascimento 11 de janeiro de 1899
Londres, Reino Unido
Nacionalidade britânica
Morte 3 de junho de 1991 (92 anos)
Weston, Connecticut, EUA
Ocupação Diretora, atriz, produtora, escritora e tradutora
Atividade 1914-1984
Emmys
Melhor Performance de Atriz Coadjuvante em Especial de Comédia ou Drama
1978 - The Royal Family
Prémios National Board of Review
Melhor Atriz Coadjuvante
1980 - Resurrection

Eva Le Gallienne (Londres, 11 de janeiro de 1899Weston, 3 de junho de 1991) foi uma atriz, diretora, produtora, tradutora e escritora britânica, radicada nos Estados Unidos. Aos 21 anos já era uma estrela da Broadway, onde aproveitou sua fama para fundar o Civic Repertory Theater, onde produzia, atuava e dirigia.

Conhecida por ser audaciosa e idealista, ela se tornou uma figura pioneira no teatro americano. Atriz eloquente e versátil, interpretando de Peter Pan a Hamlet, Eva também dava aulas de drama, direção e produção para jovens atores e atrizes. Devotou-se às artes dramáticas e ao teatro, oposta ao lucrativo cenário teatral da Broadway. Ela dirigiu o Civic Repertory Theatre Company por 10 anos, de 1926 a 1936, produzindo 37 peças, trabalhando com atores e atrizes como Burgess Meredith, John Garfield, J. Edward Bromberg, Paul Leyssac, Florida Friebus, David Manners e Leona Roberts.

Vida e carreira

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Eva nasceu em Londres, em 1899, filha do poeta de ascendência francesa, Richard Le Gallienne, e de Julie Norregarda, uma jornalista dinamarquesa.[1] Seus pais se separaram quando Eva tinha apenas 4 anos de idade, então ela e sua mãe se mudaram para Paris, onde passou boa parte da infância, viajando entre as duas cidades constantemente. Em Paris, ela foi até as coxias para conhecer a atriz Sarah Bernhardt, o que lhe causaria uma grande impressão.

Sua estreia nos palcos foi em 1914, aos 15 anos, numa produção de Maurice Maeterlinck, Monna Vanna. Depois disso, ela passou vários meses estudando em uma escola de drama. Largou os estudos para atuar em uma comédia, onde foi aclamada pela crítica e pelo público.[2]

Eva Le Gallienne, cerca de 1920

No ano seguinte, aos 16 anos, Eva e sua mãe foram para Nova Iorque, onde suas primeiras produções não foram bem sucedidas e ela foi dispensada de uma peça enquanto fazia testes para várias outras. Passou a temporada seguinte se apresentando em peças itinerantes e depois de retornar à Europa brevemente, Eva retornou para a Broadway. Trabalhou em várias peças, como na produção de Arthur Richman, Not So Long Ago (1920) e na de Ferenc Molnár, Liliom (1921).[2]

Conscientemente se dedicado à arte do teatro, Eva se opôs firmemente ao "show business" da Broadway, e foi pioneira na emergência do Teatro de Repertório Americano, que dirigiu por dez anos, contanto com apoio financeiro de uma de suas amantes, Alice DeLamar, uma herdeira de um império de mineração no Colorado. Produziu 37 peças neste período. Trabalhou com diversos atores e chegou a rejeitar a inscrição de Bette Davis, cuja atitude ela descreveu como "fria e falsa".[2]

O teatro acabou com a chegada da Grande Depressão de 1929 depois de montar e produzir 34 peças. Eva foi homenageada com a Medalha Nacional de Artes, em 1986.[3]

Eva nunca escondeu que era lésbica na comunidade artística, mas admitiu nunca se sentir confortável com sua sexualidade, lutando privadamente contra ela. Chegou a considerar um casamento de aparências com o ator Basil Rathbone, mas desistiu da ideia.[4]

Nos primeiros anos de sua carreira, ela era vista na companhia de atrizes consideradas libertinas como Tallulah Bankhead, Estelle Winwood e Blyth Daly, com as quais ela formou o grupo "Os quadro Cavaleiros de Algonquin", em referência ao Hotel Algonquin.[4]

Em 1918, em Hollywood, ela começou um relacionamento com a atriz Alla Nazimova, que experimentava o auge da fama na época e que lhe deu grande influência no meio artístico. O caso teria acabado devido aos ciúmes de Nazimova. Em 1920, envolveu-se com a poeta, escritora e roteirista, Mercedes de Acosta, por quem foi apaixonada por muitos anos.[2] Ela e Mercedes começaram o relacionamento logo após o casamento de Mercedes com Abram Poole. Mercedes escreve duas peças para Eva durante esta época, Sandro Botticelli e Jehanne de Arc, mas nenhuma fez sucesso. O relacionamento acabou depois de 5 anos, mas cartas posteriores indicam que permaneceram amigas.[4]

Por volta de 1927, ela se envolveu com a atriz Josephine Hutchinson, casada na época e cujo marido entrou com divórcio logo em seguida, chamando Eva de "co-autora" do processo. A imprensa começou a chamar Josephine de "atriz sombria", um termo que na época queria dizer lésbica. Cinco meses depois, Eva atuou na peça Alison's House, sobre a vida de Emily Dickinson, que ganhou o Prêmio Pulitzer.[4]

Eva com seu gato, 1937

Últimos anos e morte

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Apesar de ser reconhecida principalmente por seu trabalho no teatro, Eva também fez alguns filmes e produções de televisão. Ganhou uma indicação ao Oscar da Academia por sua atuação em Resurrection. Era a atriz mais velha a receber uma indicação na época. Em 1978, ganhou um Prêmio Emmy por sua versão para a televisão da peça The Royal Family.[5]

Em 3 de junho de 1991, Eva faleceu em sua casa em Weston, Connecticut, de causas naturais, aos 92 anos. Eva foi cremada e suas cinzas espalhadas em sua propriedade em Weston.[6]

Ano Título Papel Observações
1955 Prince of Players Gertrude em "Hamlet"
1959 The Devil's Disciple Sra. Dudgeon
1980 Resurrection Grandma Pearl National Board of Review Award por Melhor Atriz Coadjuvante
Indicada—Óscar de Melhor Atriz Coadjuvante
Indicada—Saturn Award de Melhor Atriz Coadjuvante
Ano Título Papel Observações
1948 The Ford Theatre Hour Annie Jones episódio: Years Ago
1950 The Ford Theatre Hour Lettie episódio: Uncle Harry
1955 Alice in Wonderland White Queen (filme para a TV)
1956 The Corn is Green Miss Moffat (filme para a TV)
1958 The DuPont Show of the Month Abbess episódio: The Bridge of San Luis Rey
Studio One in Hollywood Martha Koering episódio: The Shadow of a Genius
Playhouse 90 Grandma James episódio: Bitter Heritage
1960 Play of the Week Queen Elizabeth episódio: Mary Stuart
1977 The Royal Family Fanny Cavendish (filme para a TV)
1984 St. Elsewhere Evelyn Milbourne episódio: The Women

Fonte:[7]

Referências

  1. «The Legacy of Eva Le Gallienne». Playbill. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  2. a b c d «Eva Le Gallienne, Actress, Is Dead at 92». The New York Times. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  3. «Producer of Play Found Dead in Hotel». The New York Times. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  4. a b c d «Le Gallienne, Eva (1899-1991)» (PDF). GLBTQ League. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  5. «30th Primetime Emmys Nominees and Winners – Outstanding Performance by a Supporting Actress in a Comedy or Drama Special». Academia de Artes & Ciências Televisivas. Consultado em 21 de setembro de 2020 
  6. «Eva Le Gallienne». Find a grave. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  7. «Eva Le Gallienne». IMDb. Consultado em 29 de março de 2014 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Eva Le Gallienne